quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Cenas cotidianas

Da mesma maneira que pretendo colocar alguns trechos de conversas alheias, também colocarei cenas cotidianas, imagens de lugares ou pessoas que de uma forma ou de outra me chamaram a atenção e tive a chance de fotografar. Porém, a primeira foto da série não é minha.

A cena foi flagrada semana passada na Avenida Chile, centro do Rio de Janeiro por Juliana Seelinger.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Apagou Bauru!

A edição de hoje do Jornal da Cidade de Bauru foi sensacional. Merece prêmio de capa histórica. Talvez tenha sido a edição que mais fez jus ao slogan do jornal "o melhor jornal do nosso mundo".



Embora eu esteja ironizando, o jornal publicou uma reportagem relembrando o blecaute de 1999. Diz o texto:

"Estudo do Inpe divulgado pelo JC neste ano desmente a versão divulgada pelas autoridades do setor elétrico na época do blecaute, no governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB). Para chegar a essa conclusão, o Inpe usou um programa que indica a probabilidade de um raio não-identificado pela rede nacional que detecta esses fenômenos ter ocorrido em local e horário determinados.

Após analisar os dados meteorológicos do dia do blecaute (11 de março de 1999), o programa mostrou ser zero a chance de um raio ter atingido a região. O ministro de Minas e Energia na época do blecaute, Rodolpho Tourinho, minimizou as conclusões do estudo. “O importante era detectar as causas e tomar providências. Isso foi feito”. Ele negou que o governo tenha mentido. Disse que a informação sobre o raio partiu do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). O órgão e o ministério não comentaram o estudo."
(Leia a íntegra aqui)

Interessante a fala do ex-ministro: "o importante era detectar as causas e tomar providências. Isso foi feito". Sem dúvida reestabelecer o fornecimento é a coisa mais importante quando está na escuridão, mas depois é preciso saber as causas... ou não?

O estudo do INPE foi divulgado dez anos depois do blecaute e é enfático, não houve raio. Portanto a pergunta "o que provocou o blecaute?" permanece sem resposta.

É possível rever a entrevista coletiva com o ministro de Minas e Energia da época. Ele disse: "(...)a queda de um deles, a queda de um raio na subestação".

Pelo menos desta vez já se sabe que mais de 70 raios cairam na região de Itaberá (SP), local apontado pelas autoridades como a área onde as linhas de transmissão cairam. No entanto, continuamos sem saber o que provocou a queda do sistema. Será que em 2019 saberemos a resposta?


* embora escura, minha foto foi publicada na galeria do Vc no G1 :-)

Urubuzada

Sábado de sol, com os termômetros marcando 38ºC. Muitas pessoas circulando pelas ruas, ônibus cheios, metrô lotado. Muitos indo em busca da praia.

Enquanto isso, em um restaurante comum, um casal de velhinhos aguardam a chegada de duas amigas.

As amigas chegam revoltadas:

- Vocês demoraram, o que aconteceu? - pergunta o senhor que aparentava 80 anos

- A cidade tá um inferno, a urubuzada toda desceu...

Por alguns instantes interrompi meu almoço e me perguntei se realmente ouvi a expressão "urubuzada"...

O que fazer quando não tem energia elétrica?

Faz aproximadamente duas horas e meia que a energia elétrica acabou por aqui.

Até tentei atualizar o post original, mas a bateria do notebook acabou antes que eu pudesse clicar em enviar.

Restou postar pelo telefone celular. Um tarefa um pouco trabalhosa, mas divertida já que não tenho outra coisa a fazer...

A falta de energia aconteceu por problemas nas linhas de transmissão em Itaipu. O ministro de Minas e Energia Edison Lobão disse que a usina foi desligada.

O Paraguai também foi afetado, mas ficou apenas meia hora sem energia. Parece que o estado mais atingido foi o Rio de Janeiro.

Se não me engano o último blecaute de grande proporção como este aconteceu em 1999. Na época disseram que a causa foi queda de um raio em uma subestação na cidade de Bauru (SP). Ninguém na cidade engoliu a explicação e há quem afirme que nenhum raio caiu ali naquela noite.

Vamos aguardam a divulgação das causas. Espero que Bauru não tenha nada a ver com isso desta vez...

* até o momento da publicação do post a Lapa continuava no escuro, sem necessariamente estar em silêncio :-)

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Lapa no escuro

A energia elétrica caiu por volta das 22h de hoje na Lapa, bairro da região central do Rio de Janeiro. Em quatro meses que moro aqui, esta é a terceira vez que falta energia. No entanto, desta vez foi um pouco diferente...

O blecaute atingiu não só a Lapa, como praticamente toda a cidade. E não apenas o Rio de Janeiro, mas São Paulo, Belo Horizonte, Recife e Vitória. Falta energia também em Bauru, interior de São Paulo...

A cada momento que eu abro a primeira página do G1 eles alteram a manchete indicando mais um estado atingido pelo blecaute...

Manchete do G1: Blecaute afeta SP, RJ, MG, DF, ES e PE

Enquanto isso, no Terra: Apagão atinge SP, MG, MT, Rio e GO

Até tentei registrar a situação, mas sabe como é, sem luz não tem foto :-)

Despejando a sogra...

Sexta-feira, 2 de outubro de 2009. Dia do anúncio da cidade escolhida para a sede das olimpíadas 2016. O Rio de Janeiro vence a disputa e eu ouço o seguinte diálogo no banheiro, enquanto escovo os dentes:

- Será que vai ser bom?

- Não sei, mas eu tava pensando... Vou alugar o apartamento da minha sogra. Ela mora perto do Engenhão*...



* Estádio João Havelange construído para os jogos Panamericanos de 2007. Fica no bairro de Engenho de Dentro , zona norte do Rio de Janeiro.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Agir com honestidade e justiça ...

Hoje o portal do Superior Tribunal de Justiça (STF) publicou matéria informando sobre a nova tentativa fracassada da TAM em não indenizar a família do advogado José do Carmo Seixas Pinto Neto, que perdeu a esposa e um filho em um acidente aéreo.

A esposa de José do Carmo, Giselle Marie Savi de Seixas Pinto era engenheira e tinha 29 anos. O filho Guilherme tinha 4 anos. Os dois faleceram no dia 12 de fevereiro de 1990. Eles estavam dentro de um carro quando foram atingidos por um Fokker MK-60 da TAM. O avião fez um pouso forçado e atingiu o carro que trafegava pela rua. O acidente foi próximo ao aeroclube de Bauru, interior de São Paulo.

O casal tinha mais dois filhos, um deles com apenas 1 ano de idade na época do acidente.

O STF condenou a companhia aérea a pagar 500 salários míninos por cada uma das vítimas, além do ressarcimento pelos objetos pessoais danificados e despesas do funeral. A família não recebeu um único centavo até hoje.

Segundo o STF, "a companhia aérea vem, há quase dez anos, protelando cumprimento da decisão". Vai protelar até quando? O acidente tem quase vinte anos, a justiça demorou praticamente dez anos para decidir pelo pagamento da indenização e lá se vão mais dez anos rejeitando recurso...

Fazia pouco tempo que eu tinha ido morar em Bauru quando o acidente aconteceu. Eu morava relativamente perto de onde o avião caiu. A TAM chegou a operar o Fokker 100 (maior que o MK-60) no aeroclube da cidade, mas logo depois desistiu porque a pista não comportava o tamanho do avião. A empresa deixou de voar para Bauru faz algum tempo e não possui nenhum modelo Fokker na sua frota atual. O aeroclube hoje só recebe aviões de pequeno porte. Os voos comerciais foram direcionados ao aeroporto Bauru-Arealva cuja operação começou em 2006.

Giselle Marie Savi de Seixas Pinto batiza uma praça localizada em um condomínio fechado da cidade.

Diálogos

Nos últimos meses passei por inúmeras mudanças (em todos os sentidos) e senti a necessidade de escrever o que vi, ouvi e senti.

Por esta razão passarei a publicar uma série de posts batizada de diálogos. São trechos de conversas pinçadas em diferentes lugares e ocasiões. Boa parte dessas conversas não tiveram a minha participação.

Papo de corredor, conversa em ponto de ônibus, discussões filosóficas entre anônimos. Pouco importa o lugar ou o autor...

O que fazer quando o aeroporto fecha?

Depois de um longo e tenebroso inverno (não necessariamente frio...) voltei a postar no blog.

O relato abaixo está fazendo aniversário hoje: 1 mês :-)

Cheguei ao aeroporto e estranhei a quantidade de pessoas esperando no saguão. Estava tão preocupado em chegar no horário, com a cabeça pensando na segunda etapa da viagem que nem me lembrei que era véspera de feriado prolongado.

Fiz o check-in sem muita demora. A fila estava concentrada em outra companhia aérea. A funcionária avisou que alguns voos estavam atrasados, mas que meu embarque aconteceria em meia hora.

O aeroporto ficou fechado algumas horas por conta do mau tempo. Reabriu na parte da tarde e eu estava feliz porque conseguiria embarcar sem problemas. Em menos de dez minutos minha alegria foi embora quando chegou o aviso: o aeroporto Santos Dumont está fechado em virtude de condições meteorológicas adversas...

Sem nada para fazer, resolvi tirar uma foto do saguão cheio. Quem sabe algum site publica? "Saquei" meu celular e fotografei. Enviei a foto para o Terra e não é que eles publicaram?

Chuva fecha Santos Dumont 2 vezes; voos atrasam em todo País

Erraram meu sobrenome, mas tudo bem. Para quem estava em um dos voos atrasados isso não foi nada...

Se por acaso você ficar preso no aeroporto, fotografe, filme, sempre vai ter alguém para publicar suas imagens. Só não brigue com os funcionários das companhias aéreas. Eles não controlam o tempo, muito menos são responsáveis pela infraestrutura precária dos aeroportos.