domingo, 1 de julho de 2007

A ética de Che

A palavrinha ética está em alta desde meados de 2005, quando o então deputado Roberto Jefferson resolveu falar o que sabia (ou o que interessava falar). Eis a sua definição, segundo o dicionário Aurélio:

é.ti.ca


Substantivo feminino.

1.
Estudo dos juízos de apreciação referentes à conduta humana, do ponto de vista do bem e do mal.
2.
Conjunto de normas e princípios que norteiam a boa conduta do ser humano.

Boa conduta do ser humano... o que é ter boa conduta atualmente? Em uma semana que começa com a saga do brejo de Renan, vale a pena ler a entrevista de Tirso Saenz concedida para a UnB Agência, da Universidade de Brasília.

Saenz foi vice-ministro de Ernesto Che Guevara na década de 60 em Cuba:

UnB AGÊNCIA – O senhor dá muita ênfase ao caráter austero de Che, de quem quer dar o exemplo. Diz ainda que esse sentimento se disseminou pelo Ministério de Indústrias, fazendo com que todos os escalões aceitassem passar por grandes sacrifícios. Comportamentos assim são sustentáveis no longo prazo?

SAENZ –
Diria que são indispensáveis. Se um país ou uma instituição não trata de desenvolver uma ética – que passa pela austeridade, pela responsabilidade no trabalho, pela exigência –, o desenvolvimento não é sustentável. Isso tem de ser parte de uma cultura. Essa ética – que Che compartilhava com Fidel e outros dirigentes – realmente se espalhou por todo o ministério de modo que o cumprimento das tarefas era normal, fazer as coisas com eficiência era normal. A questão da ética é vital e pouco se fala dela quando tratamos de sustentabilidade. Fala-se em sustentabilidade econômica, ambiental, social. Mas a ética é o pré-requisito básico para todas elas.


A íntegra está disponível em: www.unb.br/acs/entrevistas/tv0607-05.htm

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