terça-feira, 26 de dezembro de 2006

Perdidos? Não, fazendo turismo...

Terminando de cumprir a promessa do dia 17 de dezembro, aqui está o relato sobre a viagem ao Rio de Janeiro para conhecer o Projac.

O ponto de partida, mais uma vez, foi a Praça da Paz em Bauru. Marcado para sair às 21 horas da quinta-feira (14/12), o micro-ônibus saiu um pouco antes das 22, graças a algumas pessoas atrasadas (eu, inclusive).

Dessa vez o grupo era formado por alunos do curso de Rádio e TV, Jornalismo e Relações Públicas, além dos professores.

Um dos professores estava em São Paulo, por esse motivo tivemos que fazer um desvio até a Rua Augusta. Movimento intenso, várias garotas de programa sendo abordadas nas calçadas, boates com neons ligados, "Sauna mista", para espanto de um dos colegas. Morador de Santa Cruz do Rio Pardo, ele nunca tinha visto tamanha, digamos, oferta pública de sexo...

Ônibus completo, hora de prosseguir com a viagem. Antes de pegar a Via Dutra, seguimos para uma garagem para o abastecimento do tanque de combustível. Não faço a menor idéia de onde estávamos, mas naquela região São Paulo dorme. Ruas desertas, luzes apagadas, um cenário muito diferente da luminosa Augusta. Exceto pelo andarilho e seu cachorro vasculhando as latas de lixo, nada por ali estava vivo.

Seguimos viagem com a companhia da Lua. O sono foi tomando conta de todos, as conversas silenciaram, o motor do onibus e o ronco de alguém, eram os únicos sons do momento. Demorei para conseguir dormir, mas o cansaço foi maior...

Acordei cedinho, sem ter idéia da localização. Já estávamos no Estado fluminense, pelo menos era o que indicava o orelhão azul, já que os orelhões de São Paulo são verdes. Um pouco mais adiante vejo a placa indicando que estávamos em Resende. O ônibus pára, é hora do café da manhã.

Dali até a cidade do Rio levaríamos umas duas horas. Nenhuma cidade é muito bonita na beira da estrada, Resende não é exceção. Casas em construção, ruas sem asfalto, pó cinzento. Morros ocupados, prédios abandonados. Ao avistar o prédio da Univerdade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) alguém comenta que parece um presídio...

Descemos a Serra das Araras, que apesar do desmatamento, proporciona um visual muito bonito. Depois da serra o cenário não é muito diferente do que vimos em Resende...

Outra parada, dessa vez em um posto de gasolina sinistro. Não é mera gíria da modinha, não. Posto sujo, bombas velhas, calçamento ruim, areia cinza. Um ônibus velho está parado e várias pessoas estão embarcando com sacolas e caixas. Para onde iriam?

Uma viatura policial com o painel todo desmontado passa por nós e pelas pessoas que estão colocando as sacolas no ônibus velho e quase as atropela. Avisto uma placa das Casas Bahia: Bem vindos ao Rio de Janeiro...

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