domingo, 29 de julho de 2007

Espírito olímpico

Quando vi o jogo de vôlei entre Brasil e Venezuela, no Pan 2007, ouvi pela primeira vez uma torcida vaiar o time adversário em um Pan-americano. Nunca ouvi vaias na Liga Mundial ou em disputas olímpicas. Mesmo quando as disputas aconteciam no Brasil, nunca vi tanta hostilidade.

O mesmo problema aconteceu em outras competições e protagonizadas por pessoas que jamais deveriam estar envolvidas. Segundo o colunista Nirlando Beirão, da revista Carta Capital, o ex-jogador de basquete Oscar Schmidt fazia coro com a torcida brasileira nas vaias contra os adversários (porém não especificou em que modalidade isso ocorreu).

Nirlando escreveu: "Na arquibancada do Pan, ele (Oscar) se prestou ao triste papel de mascote grandalhão da barulhenta galera canarinho, cuja idéia de espírito olímpico consiste em vaiar e hostilizar os adversários (...) O paspalhão Oscar puxava os apupos e comandava a indelizacadeza com o orgulho cívico do peito estufado".

Outro ex-atleta envolvido em hostilidade foi Aurélio Miguel, na final de judô feminino. Aurélio disse que tentou apartar a confusão, iniciada com a vitória da cubana Sheila Spinoza. O vídeo abaixo foi gravado por um cinegrafista amador:



Galvão Bueno, locutor da TV Globo, teve a segurança reforçada na final masculina do basquete. O motivo foram os gritos ofensivos e os gestos da torcida feitas contra o locutor.

No handebol, os protagonistas foram os jogadores argentinos e a torcida brasileira. Depois de perderem por 30 a 22, os argentinos foram chamados de vice-campeão pela torcida brasileira. Irritados, os jogadores argentinos devolveram a provocação.

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